Notas explicativasCanto V5.1 Os círculos da incontinência (círculos 2 a 5) são a morada daqueles que pecaram não por determinação de fazer o mal, mas por não conseguir controlar os impulsos, falhando assim na escolha do bem. Aqui são punidos os pecados da luxúria, da avareza e da gula. Voltar 5.2 Minós (Minos): na mitologia grega foi o rei lendário da ilha de Creta cuja esposa é mãe do Minotauro (nota 12.1). Era filho de Zeus com a princesa Europa. Depois de morto, desceu ao mundo subterrâneo onde se tornou um dos juizes dos mortos. No inferno de Dante, Minós ouve as confissões dos mortos (que sempre dizem a verdade, pois não têm mais o dom do intelecto) e os designa a um círculo e subcírculo específico de acordo com a falta mais grave relatada. Voltar 5.3 Os luxuriosos: Dante classifica o pecado da luxúria como o menos grave de todos, colocando-o no círculo mais externo. Isso é demonstrado também na compaixão que sente pelos pecadores, se emocionando com o relato de Francesca. A ventania é o contrapasso do pecado. Em vida, os amantes eram levados por suas paixões, que os arrastava como o vento que os arrasta no inferno. Voltar 5.4 Semiramis: foi rainha da Babilônia por 102 anos. Era esposa do caçador Nino. Voltar 5.5 A viuva de Siqueu é Dido, que era, segundo a mitologia grega, filha de Belo, rei de Tiro. Quando Siqueu, seu marido, foi morto pelo novo rei de Tiro, irmão de Dido, ela fugiu para o norte da África onde fundou a cidade de Cartago. Segundo a Eneida, de Virgílio, o príncipe troiano Enéas (nota 4.11) naufragou em Cartago depois de fugir de Tróia. Dido recebeu bem os troianos e acabou se apaixonando por Enéas. Os dois passaram a viver juntos como marido e mulher. Enéas já estava para decidir que permaneceria em Cartago quando Júpiter o lembrou que precisaria deixar a cidade para cumprir sua missão e fundar Roma. Desesperada por causa de sua partida, Dido se matou numa pira funerária. Na sua visita ao inferno (Hades), Enéas encontrou a alma de Dido mas esta se recusou a falar com ele. [Encarta 97] Voltar 5.6 Cleópatra VII (69-30 a.C.): Rainha do Egito conhecida por seus casos de amor com Júlio César e Marco Antônio. Voltar 5.7 Helena foi a esposa do Rei Menelau que, na mitologia grega, cedeu às tentações de Afrodite e deixou-se ser seqüestrada por Páris, que a levou para Tróia. Voltar 5.8 Aquiles foi o maior dos guerreiros gregos na mitologia grega. Quando criança, sua mãe o imergiu no rio Estige (7.7), tornando-o imortal. A única parte do seu corpo que não foi submersa foi o calcanhar, por onde sua mãe o segurou. Aquiles lutou e foi vitorioso em muitas batalhas até ser mortalmente ferido no calcanhar por Páris, que o encontrou quando, por estar apaixonado pela filha de Priamo, entrou desarmado no templo de Apolo. Voltar 5.9 Páris: foi príncipe de Tróia na mitologia grega. Responsável pelo seqüestro de Helena (arquitetado por Afrodite) que deu origem a guerra contra a Grécia narrada na mitologia grega (Ilíada). Voltar 5.10 Tristão: foi personagem da mitologia celta que se consumiu na sua paixão impossível por Isolda. Voltar 5.11 Paolo e Francesca: eram cunhados adúlteros que foram surpreendidos e mortos pelo marido traído em Rimini (onde o rio Pó deságua), nos tempos de Dante [Mauro 98]. Francesca diz que foram surpreendidos quando liam a lenda onde Lancelote, apaixonado por Guinevere (esposa do Rei Artur), é induzido a beijá-la por Galeoto. Galeoto, portanto, induz Paolo e Francesca a se beijarem também, quando são surpreendidos e mortos. O assassino, por ter matado um parente sem ter lhe dado oportunidade de defesa, é punido na Caína (veja nota 32.3) onde sofrem os traidores de parentes. Voltar 5.12 Lancelote e Guinevere: são amantes na mitologia celta e britânica. Guinevere era esposa do rei Artur e era apaixonada pelo cavaleiro Lancelote. Galeoto era o intermediário da relação. Voltar |